"Toda dívida é negociável"
Milhares de pessoas, empresas e pequenos negócios se encontram sufocadas por dívidas que se tornaram absolutamente impagáveis devido aos aumentos nos acréscimos de juros, multas e correção monetária.
Estes devedores vivem assustados, sempre receosos da visita do oficial de justiça, evitam manter contas em bancos ou deixam de ter com receio do bloqueio judicial. Quando adquirem um imóvel ou carro, sempre colocam em nome dos filhos, dos parentes e até dos amigos, como forma de burlar a inevitável penhora e no caso de falecimento do devedor, o problema se estente para os herdeiros, fomentando as demandas judiciais que não nunca acabam.
Por conta desses problemas infindáveis o devedor se torma um indivíduo improdutivo, acuado, pressionado e com baixa autoestima, incapaz de levar adiante sua vida em família e em sociedade. Este estado de angústia causa o estresse, quando prolongado, trás consequência danosa à saúde. É a pressão alta, fadiga, insonia, depressão, úlcera gástrica, entre outras.
O importante é saber que toda dívida é negociável e a maioria desses problemas tem solução, as vezes simples e rápidas. Vale também negociar com o credor o valor e a forma de pagamento que parecer mais justa para ambas as partes.
Na maioria dos casos as dívidas não são tão grandes assim. O que ocorre é uma progressão descomunal da dívida com os acréscimos, juros contratuais, juros de mora, correção monetária, multas contratuais, comissão de permanência, honorários de advogados, entre outras despesas.
Hoje os tribunais já estão atentos a estes tipos de abusos e centenas de decisões judiciais já mudaram profundamente este cenário e alteraram estes números, assim como os tribunais mudaram o entendimento e agora as confissões de dívida já não inibem o reexame das contas antigas e tudo pode ser contestado e alterado na fase judicial.
A título de informação é bom adiantar que inúmeros acordos judiciais, com devedores pessoas físicas ou jurídicas e estabelecimentos de crédito, privados e oficiais, têm sido negociados em valores que, em média, representam menos de dez por cento do valor inicialmente cobrado.
Portanto, sem dúvida, a dívida sempre deverá ser enfrentada, sem medo e sem estresse, só assim poderá deixar de ser um pesadelo e permitir que a sua correta apuração possa render efetivos benefícios para os devedores e, claro, também para os credores que poderão recuperar parte dos créditos já considerados perdidos.